Quando, súbito, pelo esôfago me vem
Um mal, que bem me é também
Que dos valores comuns me revoga
Punhal invisível da mão do além
Que me transpassa como quem afaga
Até onde pode consolar uma adaga?
Observo o mundano com desdém
Violentas desfeitas diferem divergem
Divago sobre temas teorias medos
E, é triste, as conclusões não emergem
O outono infindo, frio, frívolo de Eros
Mantém todas as respostas que urgem
Afundadas na incompreensão dos crepúsculos