Às vezes sou cinza de cigarro, a boiar pela existência sem rumo. Às vezes sou faísca de isqueiro, determinada e explosiva. Às vezes sou papel de seda, destruído passivamente, prova efêmera da insanidade. Sou brisa passageira, idéia fixa, presença ausente, olhar atento e mente honestamente mentirosa. Sou lá e cá, Ariel e Caliban, sobriedade entorpecida pelo fardo da existência. Sou cordeiro em pele de lobo, melodia fora do tom e fora do tempo, fora do mundo, fora de si.
Sou, sem mais delongas, algo vago, insubstancial e frágil, que com um bater de asas da imaginação pode partir-se em infinitas facetas.
Sou, sem mais delongas, algo vago, insubstancial e frágil, que com um bater de asas da imaginação pode partir-se em infinitas facetas.
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