terça-feira, 3 de agosto de 2010

Não, porque é nois, né

Ó aguardente, mal da minha vida!
Por quantas noites frias e bravias
Não me arrastei de maneira sofrida
Jogado no chão, vomitando em pias?

Quantas árvores não chamei de "querida"
Ou grossos mulherões vi muitíssimo esguias
Fico como Moisés chegando à terra prometida
Tudo se releva com o álcool - até as estrias!

Brindemos à isso, aquilo ou tudo junto
Depois do terceiro brinde não importa
Nascimento, batismo, velório de defunto

A linha na qual ando se constrói toda torta
O quatro que faço é todo assim disjunto
E minha fala, meio enrolada, meio morta.

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