segunda-feira, 24 de maio de 2010

Soneto Simbolista

Agudo gosto amargo me afoga
Quando, súbito, pelo esôfago me vem
Um mal, que bem me é também
Que dos valores comuns me revoga

Punhal invisível da mão do além
Que me transpassa como quem afaga
Até onde pode consolar uma adaga?
Observo o mundano com desdém

Violentas desfeitas diferem divergem
Divago sobre temas teorias medos
E, é triste, as conclusões não emergem

O outono infindo, frio, frívolo de Eros
Mantém todas as respostas que urgem
Afundadas na incompreensão dos crepúsculos

2 comentários:

  1. Bacana. Quem sabe com um pouco de prática você não chega ao meu nível de maestria? [BRINKS]

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